China Telecom do Brasil New General Manager Featured in Exame

Novo gerente geral da China Telecom do Brasil em destaque na Exame

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A China Telecom do Brasil (CTB), a subsidiária brasileira da China Telecom do Brasil, vem chamando a atenção e fazendo manchetes no Brasil. No início deste ano, a CTB lançou uma nova oferta de nuvem que conectará o Brasil e partes da América Latina à China e além. Agora, o novo gerente geral da CTB está recebendo atenção positiva.

Recentemente, Denis Monteleone concedeu uma entrevista exclusiva a Lucas Amorim, Diretor Editorial da Exame, revista especializada em economia e negócios, com sede em São Paulo, destacando os grandes planos da empresa para aumentar suas ofertas no Brasil e na América Latina. Continue lendo para ver os destaques e a entrevista completa em inglês.

China Telecom do Brasil nas notícias

Na matéria da Exame intitulada “Em um recomeço no Brasil, China Telecom mira Norte e Nordeste do Brasil e conexão Brasil-Ásia”, Monteleone aborda diversos tópicos, incluindo como a empresa com nove anos de história no Brasil multiplicou sua presença no país em 2023 e as prioridades globais da CTB.

Quando perguntado por que a ênfase está sendo dada ao Brasil agora, Monteleone disse que o momento é oportuno e que o país atingiu um marco em seu relacionamento com a China.

Na matéria da Exame, Monteleone afirma que: “A relação comercial está aumentando devido à empatia que existe entre o Brasil e a China. Isso tem gerado interesse em mercados como agricultura, eletricidade, logística e transporte. A China está se expandindo para a América Latina, com fábricas na Argentina, no México e no Brasil. Há uma estratégia do governo chinês para explorar esse mercado internacional, fazendo grandes investimentos.”

Monteleone continua discutindo a trajetória de crescimento da empresa, com planos de mais do que dobrar sua base de funcionários no Brasil até o final de 2024 e expandir sua rede para o norte e nordeste do Brasil até 2025.

Tradução em inglês da entrevista completa

Perguntas por Exame. Repórter Lucas Amorim, respostas de Denis Monteleone.

P: Quais são as prioridades globais da China Telecom?
R: A empresa é um dos maiores provedores de serviços de telecomunicações integrados do mundo. E tem um compromisso de longo prazo com o desenvolvimento de operações globais. A China Telecom está presente em mais de 70 países e possui fibra óptica submarina que conecta a Ásia, a Europa, a África, os EUA e o Brasil. Ela tem mais de 200 PoPs (pontos de presença) em todo o mundo e é membro de 41 cabos submarinos. No Brasil, a empresa foi estabelecida em 2012 e começou a operar em 2014. Hoje temos 13 PoPs, em 5 estados com presença em (São Paulo, Rio, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Temos 140 clientes para os quais oferecemos soluções de conectividade.

P: Sua chegada, há algumas semanas, representa uma nova etapa para uma empresa que está aqui há nove anos?
R: De 2014 a 2023, a empresa vendeu um único produto, acesso à Internet. Mas temos um portfólio de serviços, incluindo nuvem, conectividade, IOT, SD-WAN, produtos que estão prontos para atender ao Brasil. O objetivo é atender aos clientes corporativos com essas soluções. Vamos replicar no Brasil um modelo que adotamos nos Estados Unidos e na Europa. Vamos crescer no Brasil e, ao mesmo tempo, expandir para o México, Chile, Argentina e Colômbia.

P: O foco é atender às empresas chinesas?
R: Esse é o primeiro grupo de clientes. Hoje temos cerca de 300 empresas chinesas no Brasil. Eles têm um desafio de TI. A China Telecom oferece suporte à tecnologia da informação, desde os data centers até a rede local. A barreira do idioma é um fator. Temos especialistas no Brasil que falam mandarim e podemos entender as necessidades do cliente. O segundo grupo de clientes são as 70 empresas brasileiras que já estão estabelecidas na China e outras que desejam fazer negócios na Ásia. Queremos ajudá-los a consolidar seus negócios.

P: Por que esses planos renovados para o Brasil neste momento?
R: É um novo marco. É um momento único que o Brasil está vivendo com o novo governo. O relacionamento comercial está crescendo devido à empatia que existe entre os dois países (Brasil e China). Isso gerou interesse em mercados como agronegócio, eletricidade, logística e transporte. As empresas chinesas estão investindo não apenas nos Estados Unidos e na Europa, mas também na América Latina, com fábricas na Argentina, no México e no Brasil. A estratégia do governo chinês é explorar esse mercado internacional por meio de grandes investimentos. O Brasil é o país que mais recebeu investimentos da China nos últimos 5 anos.

P: O crescimento será orgânico ou há interesse em fusões e aquisições?
R: Há interesse em fusões e aquisições. Estamos abertos a isso.

P: Você disse que os chineses são rápidos quando se trata de fazer negócios. Mas a CTB tem feito negócios no Brasil há nove anos. O tempo de correr finalmente começou?
R: Sim. Estamos recebendo um apoio muito forte da China Telecom do Brasil em projetos globais, com executivos vindo aqui toda semana. Temos uma boa meta de contratação para este ano e vamos crescer mais no próximo ano. Hoje temos 15 pessoas, até o final do ano teremos 25 pessoas e no próximo ano, 50.

P: Que investimento está planejado para o curto prazo?
R: Nos últimos anos, a empresa investiu em 13 PoPs. e continuamos a investir. Nosso nó de nuvem em São Paulo já está instalado. No próximo ano e no ano de 2025, queremos expandir a rede para o norte e nordeste do Brasil, para ter 7 PoPs adicionais.

P: Precisamos quebrar alguma resistência ao investimento chinês em tecnologia no Brasil?
R: O investimento está ligado à oportunidade. Isso pode ocorrer na forma de expansão da rede, aquisição de uma nova empresa ou de várias empresas. O Brasil e a China são duas culturas diferentes. Mas há uma convergência de impulso, de busca de um caminho conjunto. Nosso foco são as empresas brasileiras que desejam se estabelecer e desenvolver negócios com a Ásia, e eu gostaria que as empresas nos vissem como um facilitador, um fornecedor de tecnologia.